Enquanto a tecnologia avança com ferramentas e recursos modernos, os crimes cibernéticos crescem em uma proporção sem precedentes. Os prejuízos dos brasileiros com as invasões de hackers vão do vazamento de dados à apropriação indevida de informações e de ambientes virtuais chegando, em muitos casos, à extorsão.
Somente no ano passado, segundo um levantamento divulgado pela Surfshark, cerca de 24,2 milhões de perfis brasileiros foram invadidos ou violados por conta desses ataques. Esse dado torna o Brasil o sexto entre 20 nacionalidades avaliadas com mais casos de transgressões virtuais. É importante alertar: a situação pode piorar com a chegada do 5G.
Segundo o Chief Software Architect (CSA) da Lambda3, Giovanni Bassi, há pontos básicos necessários para o usuário manter em funcionamento e atualizados, enquanto utiliza o computador. “Para ter uma máquina mais segura, especialmente para quem tem Windows, é recomendável o uso de ferramentas instaladas por padrão e gratuitas. Para antivírus, por exemplo, o ideal seria o Windows Defender. É essencial atentar-se à criptografia de disco, Firewall e UAC também”, sugere.
Além das proteções consideradas básicas, o especialista elenca seis formas de trazer mais segurança para a navegação. Leia a seguir:
- Proteção de login
“Utilizar o Windows Hello para fazer login é uma boa alternativa. A entrada com PIN é mais segura em relação às senhas. Para os casos de dispositivos mais modernos, o ideal é fazer esse ingresso com biometria, usando a digital ou o reconhecimento facial”, sugere Bassi.
- Incluir senha na BIOS
“Inclua uma palavra chave - ou password - na BIOS do computador. Se ele for roubado, por exemplo, quem se apropriar dele indevidamente não conseguirá alterar nenhuma configuração de segurança. Procure como fazê-lo – é possível encontrar o caminho on-line”, diz.
- Habilite o Secure Boot na BIOS
“Se o aparelho suportar, habilite o Secure Boot - inicialização segura. Isso vai trazer proteção não somente de ataques externos, mas também de vírus e outras ameaças. O SB vai analisar se os arquivos de inicialização foram corrompidos e trará as informações necessárias”, indica o CSA.
- Mantenha o sistema atualizado
“Esse é o maior terror dos invasores. Tanto quanto manter as configurações de segurança funcionando, conservar o PC atualizado ajuda a resolver a maior parte dos problemas. Dificilmente ele será invadido se estiver em dia com as soluções. Para isso, mantenha o Windows Update ligado, deixe-o agir normalmente e, assim, os riscos serão menores”, afirma.
- Use Linux
“A dica a seguir é para o pessoal técnico: use Linux. O domínio do Windows, com cerca de 90% do mercado de PCs no mundo, o coloca como o principal foco para ataques. Utilizar o Linux retira o usuário desse foco. No entanto, se ele não conhece o sistema operacional, a curva de aprendizado será alta. Para quem não é da área de tecnologia, pode ser muito difícil. Desse modo, comece com uma distribuição mais amigável, por exemplo, o Ubuntu”, recomenda.
- Proteja seu DNS
“Outra recomendação para profissionais é instalar um servidor próprio de DNS e conectá-lo usando DoH ou DNS over TLS. Uma opção barata para fazer isso é por meio de um Raspberry Picom Pi-hole”, conclui Bassi.
Para se ter uma ideia, recentemente, a gigante Ubisoft, desenvolvedora de jogos eletrônicos das mais diversas plataformas, como consoles de videogames, computador e celular, teve de mudar os códigos de acesso de todos os seus funcionários após uma invasão. Esse tipo de ação é preocupante e todos podemos seguir caminhos para evitar esse problema.
A preocupação com os dados é crescente, seja do lado da pessoa física, quanto da jurídica. Por essas e outras, foram criados dispositivos legais como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a LGPD. Alguns recursos e ferramentas digitais, além de oferecerem praticidade no dia a dia, podem fornecer proteção contra vazamentos.
É o caso da assinatura digital. “Na Assine Bem, utilizamos criptografia para nenhuma informação registrada nos documentos validados nessa modalidade ser hackeada. Assim, preservamos tudo considerado sensível nos arquivos. Ou seja, é um recurso 100% confiável”, conta Paula Sino, gerente da Assine Bem.
A verificação da identidade do signatário também é outra forma de fomentar a autenticidade da operação. “No on-line, não conseguimos garantir, ao disparar um e-mail, sua eficácia em chegar, de fato, ao nosso destinatário. Contudo, com a checagem do número do CPF, celular e etc., evitamos o envolvimento de terceiros. Uma etapa ainda mais autenticada é a solicitação de uma selfie com o RG”, conta.
Dessa forma, Paula destaca: “a web é uma terra com diversos benefícios, mas para aproveitá-la, é preciso saber quais caminhos e recursos disponíveis são seguros, seja para as organizações ou para o cidadão comum. A assinatura digital, certamente, é um deles”, conclui.
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