Nos últimos meses, a segurança digital de empresas industriais ganhou destaque após estudos apontarem falhas as quais expõem essas organizações a riscos significativos. Segundo a Forescout, responsável pelas análises, enquanto esses ambientes se tornam mais digitais, ficam vulneráveis a ataques cibernéticos.
Um dos estudos revelou como invasores podem atacar redes, dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e tecnologias operacionais com ransomware. Essas investidas têm crescido em frequência e impacto. Elas começaram focadas na captura de dados para interromper operações, mas evoluíram para ameaças físicas. Infelizmente, essa nova geração já está em prática.
Hoje, hackers conseguem atingir redes industriais ao invadir a infraestrutura de TI corporativa. Uma vez lá, podem realizar ataques de negação de serviço (DoS), desativando sistemas tanto virtual quanto fisicamente. “Isso pode resultar em maquinário parado, portas controladas digitalmente seladas ou até equipamentos essenciais, como ar-condicionado, fora de funcionamento”, comenta o CEO da Assine Bem, Carlos Henrique Mencaci.
O impacto vai além. Setores como o da saúde também utilizam dispositivos conectados, tornando-os alvos atrativos para criminosos cibernéticos. Diante disso, a questão não é evitar a conectividade, mas usá-la de forma estratégica e segura.
Conectividade com segurança: o caminho a seguir
Para reduzir riscos, as organizações precisam mapear e analisar quais dispositivos estão conectados à Internet e avaliar a real necessidade dessa conectividade. Muitas vezes, dispositivos são integrados à rede sem propósito claro, expondo a infraestrutura a ameaças desnecessárias.
A visibilidade da rede é um ponto chave: é impossível proteger algo não identificado. Em casos onde os recursos internos são limitados, contar com serviços especializados de fornecedores é uma solução viável.
Antecipando-se às ameaças
Atualmente, os cibercriminosos possuem as ferramentas necessárias para lançar ataques devastadores, mas as organizações podem se preparar. “Avaliar riscos, usar ferramentas automatizadas para fortalecer a segurança e buscar suporte externo são passos indispensáveis. Com essas medidas, é possível aproveitar os benefícios da digitalização sem comprometer a segurança”, complementa Mencaci.
A transformação digital em ambientes industriais deve ser acompanhada por estratégias robustas de cibersegurança, para o avanço tecnológico caminhar lado a lado com a proteção necessária para manter operações críticas em funcionamento.
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