Marshall McLuhan foi um renomado educador, intelectual, filósofo e teórico da comunicação, falecido em 1980. O canadense foi responsável por desenvolver o famoso conceito de “aldeia global”, caracterizado pela tendência tecnológica de encurtar distâncias e interligar o mundo por completo por meio das mídias. No decorrer do tempo, a Internet chegou para confirmar essa expectativa, criando um amplo espaço para as trocas humanas repletas de conhecimentos e expressões. Atualmente, nos encontramos inseridos no ambiente virtual repletos de computadores e seus usuários em proporções mundiais. Nessa conjuntura, os empresários enfrentam diversos desafios na administração de suas movimentações internas e externas mediadas pelos aparelhos eletrônicos. Sendo assim, aprofunde seus conhecimentos sobre o assunto nesta matéria.
Como anda a cibersegurança da sua empresa?
O relatório do World Economic Forum, denominado Global Cybersecurity Outlook 2022, analisa um desequilíbrio entre o nível de ataque e a proteção das redes. A partir de um custo significativamente menor, as ferramentas invasoras estão cada vez mais eficientes e perigosas. Por essa razão, é inviável sobreviver no mercado sem um investimento contínuo e compromisso com a resiliência cibernética. No caso de um excesso de vulnerabilidade exposto, as entidades estarão propensas a suportar impactos financeiros, reputacionais, operacionais e de segurança.
Nesse cenário, se faz necessário repensar as estratégias a serem adotadas por cada tipo de instituição, os empreendedores podem se sentir pressionados a modernizarem a qualquer custo. “Sem calcular exatamente os prós e contras de cada solução adotada, um grande erro entre muitos é não compreender qual metodologia se enquadra nas suas necessidades e quais são os seus respectivos riscos envolvidos. De forma geral, é preciso fechar todas as lacunas para possíveis problemas externos, independentemente da área de atuação. Portanto, pensar em maneiras de proteger as plataformas digitais é essencial na prevenção de futuras dores de cabeça”, comenta Paula Sino, Gerente Comercial da Assine Bem.
De acordo com uma pesquisa da Tanium, 79% das empresas do Reino Unido investem na cibersegurança somente depois de sofrer algum ataque hacker, sendo as vítimas desse incidente um total de 92% delas. Dentre os líderes, 79% aprovam um orçamento para tratar essa questão após a ocorrência de uma violação. Ademais, 55% dos entrevistados acreditam não ter o número suficiente de membros para adotar medidas preventivas. É interessante destacar: 69% desses executivos assumem um aumento das ameaças e esperam para 2022, o recorde de todos os tempos nesse quesito.
Dessa forma, a cibersegurança é responsável por estudar, pesquisar, educar e preparar bases seguras para qualquer indício de perigos nas redes. Dentre eles: DDoS (Denial of Service), espionagem, hacktivismo, loT ataque, ransomwares, entre outros. “A migração dos empreendimentos para a era virtual é algo fundamental, mas precisa dos seus devidos cuidados. Na hora de avaliar um negócio, deve-se pensar em qual é o objetivo a ser alcançado e como as novas tecnologias podem auxiliar no processo de adaptação a elas. A assinatura digital é um grande exemplo de serviço em ascensão nesse período, tendo em vista a sua significante validação de certificados e agilidade”, acrescenta Paula.
A Gestão de Segurança da Informação (GSI)
Primeiramente, é primordial entender o conceito de Gestão da Segurança da Informação (GSI). Segundo a ISO 17799, podemos definir como: a proteção da informação de vários tipos de ameaças para garantir a continuidade, minimizar o risco, maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negócio. À vista disso, ela é mais voltada para o cotidiano da corporação, seja no mal uso de senhas, negligências em relação a classificação de conteúdos ou gerenciamento insatisfatório de diretrizes, governança e políticas.
Para aprofundar-se um pouco mais, a GSI pode ser dividida em três camadas:
Camada Executiva: abrange atividades como início do programa em si, política e normas, educação global no assunto, formação de comitê executivo e/ou educação dos líderes, ajustes de governança, análise-avaliação e tratamento de riscos de SI, análise de impactos, implementação do processo de GSI;
Camada de Monitoramento: engloba funções como criptografia, monitoramento por indicadores e métricas de gestão de SI e auditoria de GSI;
Camada de Controles: envolve segurança em redes de computadores (físicas e sem fio), desenvolvimento de software e bancos de dados, segurança física e do ambiente, em telecomunicações e em novas tecnologias e tendências (IoT, I.A, machine learning, etc).
Reforçando a diferença entre os dois termos, enquanto a cibersegurança observa fontes de risco externas, a GSI corresponde a esse esforço internamente. “Tratar tudo como um único assunto é um equívoco e pode deixar as empresas com uma percepção errada em relação aos riscos digitais e de segurança da informação. Não adianta ter as melhores tecnologias de detecção de ataques ou equipes de ciber, se a gestão não entender e implementar ajustes e práticas de gestão da segurança para todos na organização”, afirma Jeferson D'Addario, CEO do Grupo DARYUS e coordenador do MBA em Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação (GTSI).
Torna-se evidente, portanto, a indispensabilidade de saber ministrar as movimentações de uma entidade de maneira convicta e controlada. No mundo globalizado no qual estamos inseridos, as inovações devem ser colocadas em prática de forma cautelosa. “A evolução tecnológica traz inúmeras vantagens para a vida profissional e pessoal. Como nunca, devemos estar atentos às novas demandas mercadológicas e sua gigantesca gama de possibilidades, sendo elas benéficas ou malignas para cada setor”, finaliza a gerente comercial da Assine Bem.
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